quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

INSPIRAÇÕES MOMENTÂNEAS (sequência)

14/06/79
Como um tremor de terra, abalava toda minha estrutura, já não sentia mais vontade de voar como o pássaro livre que se iludia com o próprio canto, destruído pelo cansaço e pela perseguição da vida que nunca reclamou e tanto amou.
Pensamentos distantes de sua realidade, fazia passar como se fosse um mártir, tudo era tão confuso que não mais tentava explicar o porque daquilo tudo. Querendo encontrar algo de estranho que nem mesmo ele sabia do que se tratava permanecia no labirinto envolvente de sua tão estranha temporada.
E os planos que um sonhador certo dia tivera, ficariam em que altura o seu ponto de realização, poderia mesmo esquecer de tudo isto sem nenhuma explicação convincente? Abatido pela vaga luz que ilumina sua mente quanto ao que a mesma seria capaz de realizar, sentia como um pássaro preso sem saber se ainda seria capaz de voar como antes. Quisera encontrar uma fonte de animo que me fizesse sorrir como os antigos tempos assim me proporcionavam. Confesso não ser dotado de tantas prendas doadas pela natureza a cada um de seus componentes mas sinto muita falta de uma invisível sensação de felicidade.
No fundo me sinto como meu próprio covarde, por não combater os males que a mim afligem, sem dar importância ao que os outros seres de minha espécie pensem a respeito do meu próprio jeito de ser. Não há de ser nada, como dizem: São fases!!! E isto passará logo, amanhã será um novo dia e junto à ele brilhará o mesmo sol que a muito tem brilhado, como é lindo contemplar o seu pôr e apreciar o luar vindouro.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

INSPIRAÇÕES MOMENTÂNEAS (sequência)

14/05/79
O que fazer quando o sorriso falta na face e não sabemos onde encontrá-lo.
Surpreendido pelo desanimo e pela rotina diária que me eleva os sentimentos feridos pelo dia a dia de um ser humano, permaneço na esperança de que o amanhã seja mais repleto de felicidade que cada dia que passar. Reconheço que não devo lamentar o peso a mim confiado, mas às vezes ele me pesa tanto que sinto profundamente o seu efeito sobre minha estrutura.
Sabe o que é necessitar de algo como uma noite de lua e algumas nuvens espalhadas em pequenas camadas brancas, refletindo um pouco da luz sobre elas incidida, em um local onde reina o silencio tecnológico e o sereno noturno colhido pelas plantações.
Na verdade isto que é viver de verdade, apreciar a natureza como ela realmente existe e é capaz de oferecer-nos os momentos mais alegres. Quisera existir junto de um palco como este a pouco descrito, compartilhando um pouco de mim através do dialogo à alguém que me ame de verdade e que também é dona do meu amor, falar do mundo como se ele fosse só maravilhas, como nestes momentos assim o seria capaz de enxergá-lo. Confesso ser um apreciador da simplicidade da vida, gostaria de sentir o sol nascer e acompanhá-lo até o entardecer e no fim da tarde contemplar a Deus pelo que me ofereceu durante aquele dia, agradecer por me dar força para o trabalho mesmo que este fosse cansativo, porque assim quando me deitasse para o adormecer soltaria de dentro de mim um suspiro profundo de quem obteve mais uma conquista digna de um ser que aprecia o que existe de verdadeiro neste universo.